Tuesday, April 29, 2008

sem titulo

Vi novamente os teus olhos, e neles vi o futuro, o passado, também vi tudo o que estava pelo meio e vi o que não quero.
Não sei se foi do tempo que passou que a minha memória foi perdendo as lembranças dos teus traços mas hoje mais do que nunca estavas ainda mais linda.

E tal como num sonho que tive hoje vi-te a cantarolar uma canção, aquela bela visão tornou-se realidade, não estavamos encostados um no outro, mas vontade não me faltava.
O nervosismo era grande e unhas roíam-se descaradamente, tentando achar palavras certas a pronunciar, apenas pensamentos foram gesticulados sempre muito longe do que realmente se queria dizer, e o que outrora era fácil de iniciar hoje isso parecia ser diferente e ambos sabemos o porquê.
Destapei o manto da minha alma através de cartas e de textos como este, talvez demasiado estupidamente e rápido demais, e agora sem querer as coisas são diferentes, sei bem que mo disses-te que não o farias da maneira que eu o tinha feito, talvez sabendo que iria acontecer isto mesmo.
Mas o que te queria mostrar era o que eu sou, não sei se todos são assim como eu, gosto de pensar que sou diferente, de uma maneira que gostes, pois é isso apenas que me interessa fazer, coisas que tu gostes. E neste momento o mais parvo e sem nexo capricho teu faria-o. Mal consigo acreditar que digo isto, como cheguei a este nível? Será assim demasiado baixo? Ou será a este nível que se vê o que realmente se faria por alguém?
Faria tudo e qualquer coisa por ti, estranhamente é verdade isto. Penso que se calhar os meus pensamentos são meramente estúpidos para os deixar em formas de letras e palavras. Mas hoje é isto que me passa pela cabeça, não há descrições bonitas de por onde passei e de como vi as coisas só o crú das coisas que me percorrem.

Tenho medo que outra pessoa te encante da maneira que eu não consigo, te dê aquilo que realmente queres e que eu fazendo tudo ao meu alcance para dar não seja suficiente, que te leve e não te volte a ver, e apesar de te querer ver feliz, não deixo de sentir por tudo isto uma ponta de tristeza demasiada profunda para dizer que é apenas uma ponta.
Sei que estou apenas a ser pessimista e que se tivesse outra atitude talvez não fosse assim, mas quanto a isso não há nada a fazer hoje e amanha é mais um dia para o fim que está demasiado próximo.
Vi-te a levar mais um pedaço de mim, sem que eu pudesse fazer nada. Peço que se alguém te vir que não peça para devolveres o que levas-te de mim, que te diga que podes voltar sempre que quiseres, que ainda tenho muito para te dar. E se vale de alguma coisa, amo-te.
(By/Por: niu)